O Tarot, um dos maiores expoentes das ciências ocultas, explica muito bem o porquê (e mais até) somos atraídos pelo misticismo que envolve as “artes secretas”. Quem nunca teve um momento de fascínio pelo misticismo? Mesmo que seja acompanhado de uma pontinha de medo, acabamos atraídos como verdadeiros imãs, temos nossa curiosidade aguçada e até mesmo ficamos encucados: “Será que toda essa lenda é real?” Mas por que será que, fora a curiosidade, desejamos tanto percorrer tais caminhos? Vamos desvendar um pouco deste fascinante baralho e mostrar, tintim por tintim, o que ele é e o que representa, sua história, como funciona e como se tornou um dos ícones da cultura pop “new age”, ligando novamente o ser humano a si mesmo.
Claro, sejamos justos: o que é proibido é mais interessante. É fato que durante centenas de anos práticas como o Tarot foram banidas pela igreja e até hoje a sociedade tem certa aversão e preconceito em relação a isto. Quem nunca ouviu a famosa frase: “Tarot é coisa do demônio!”? Acontece que até mesmo dentro da igreja nós temos vestígios de práticas místicas que carregam um legado de até milhares de anos! O que dizer sobre a Alquimia? A crença que dizia ser possível transformar qualquer metal inferior em ouro através da pedra filosofal está presente nos rituais católicos através dos elementos, como o sal, incenso e etc.
A alquimia foi tão importante que até mesmo influenciou o surgimento da nossa química moderna. Mas pensa só, o ouro, o objetivo primordial dos alquimistas, só é valioso por ser raro. Fabrique-o a partir de metais menos nobres e voilà: o ouro deixa de ser valioso. Então porque os alquimistas queriam tanto atingir esse objetivo? O segredo é que o objetivo não era o ouro, mas sim a conquista da ferramenta mais importante: a pedra filosofal. Não, ela não era uma pedra, muito menos um objeto. A pedra filosofal é compreendida por muitos como um símbolo para a elevação da consciência, revelando a natureza espiritual da alquimia, aqui nós falamos de elevação espiritual de um estado inferior para um estado superior! É por isso que temos tantos vestígios das ciências ocultas dentro de tudo o que envolve o ser humano, incluindo cerimonias religiosas.
A pedra filosofal, ou seja, sua mente, é capaz de transformar o chumbo, que é a representação do ser humano denso, em ouro, um ser humano leve, maleável. É a transformação do eu anterior, de um ser humano cheio de vícios, preconceitos, materialista, em um ser humano leve, desapegado, amoroso, afetuoso e dono de si próprio. Quem dera fosse assim tão fácil fazer essa transmutação. Nossos perrengues diários parecem não ter fim e a depressão parece aumentar conforme caminhamos. Por sorte, temos diversas ferramentas disponíveis para nos ajudar nessa transformação e na busca em se tornar ser humano ouro, como psicólogos, meditação e também o TAROT!
O que é o Tarot?
É um sistema oracular composto por 78 cartas divididas em dois grandes grupos: arcanos maiores e arcanos menores. Sua história é bem antiga, mas sua popularidade começou a crescer com grande expressão apenas nos últimos 40 anos, sendo atualmente uma das maiores ferramentas de autodescoberta e conhecimento pessoal por um motivo bem simples: o Tarot possui uma linguagem acessível a todos! Mas, primeiro, precisamos entender o porque essa linguagem é tão acessível.
Se voltarmos aos pilares da filosofia da psicanálise temos a teoria dos arquétipos. Arquétipos, segundo Jung definia, são personas, ou “imagens primordiais” utilizados para representar padrões de comportamento associados a um personagem ou papel social. De uma maneira bem simplificada, os arquétipos são padrões de comportamentos e pensamentos que cada um tem dentro de si, como se assumíssemos uma dessas personas a depender do nosso padrão mental ou situação. Importante frisar que não temos apenas um arquétipo associado a nós mesmos, temos todos eles juntos, a manifestação de cada um é que pode ocorrer de formas diferentes a depender da situação. Perceber qual arquétipo estamos assumindo e o que os manifesta nos mostra QUEM e COMO realmente somos.
Agora é que vem a mágica: cada carta do Tarot esta associada a um desses arquétipos. É por isso que as cartas são tão familiares e acessíveis a nós: cada carta é um pedaço de nós mesmos. Cada desenho, significado e simbolismo associado a uma determinada carta desperta algo diferente no inconsciente de quem a consulta, baseada no arquétipo que está em evidência na pessoa de acordo com a “pergunta” dela às cartas.
Por estarmos vendo o nosso arquétipo ali, na nossa frente, mesmo que não seja o arquétipo em evidência em nós agora, nosso inconsciente nos dá um alerta: “Opa. Precisamos de um pouco mais desse arquétipo” ou “precisamos silenciar esse comportamento”. Em outras palavras, as cartas nos dão insights sobre quem somos e sobre o que podemos mudar em nós mesmos. A consulta, inclusive, é uma ferramenta de desenvolvimento da intuição, nos auxiliando e dando linhas de pensamento para entender cada ação que fazemos, fizemos ou estamos prestes a fazer.
Sendo assim, podemos perceber que a intuição nada mais é do que o autoconhecimento aplicado. E onde entra a “magia” nisso tudo? A magia está em você. Quer pensar que espíritos fazem parte do processo? Tudo bem. Mas visualizar de modo puramente racional também funciona. Essa é a beleza do Tarot. Ele serve para adivinhar o futuro? Não. Mas nos mostra quem somos, como somos e como mudarmos, assim como uma pedra filosofal. Sabia que nós aqui no Portal do Signo temos a ferramenta perfeita para te introduzir no mundo do Tarot? Trata-se da Carta do Dia, nossa equipe utiliza o conhecimento astrológico para entregar cartas diárias para cada um dos signos, quer saber o que o Tarot tem a dizer para o seu signo hoje? Clique aqui!
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