Se quisermos entender em que contexto a astrologia surgiu, devemos olhar para trás no tempo até a era pré-histórica. O “estudo dos astros” (do grego, astron + logos), ou mais precisamente da “influência dos astros sobre o ser humano e a vida na terra” teve início milênios antes da Era Comum, com mapas celestes encontrados em cavernas, em meio aos registros rupestres e outros desenhos – o que cerca a astrologia de certo mistério e controvérsia (ela lidava com observações do céu antes de qualquer ferramenta ter sido inventada para facilitar a prática). Sem tais ferramentas, como era possível que quem habitava as cavernas soubesse onde os planetas e outros astros estavam?
Importante mencionar que a astrologia teve um papel importante na formação de algumas culturas antigas, e sua influência pode ser encontrada na astronomia da época. Com efeito, até a Idade Moderna, astrologia e astronomia eram indistinguíveis entre si; uma maior distinção só ocorreu a partir de Cláudio Ptolomeu, um cientista grego que viveu em Alexandria, cidade do Egito. Ptolomeu teve um trabalho de destaque na astronomia, bem como matemática, geografia e cartografia.
A astrologia esteve presente também na Mesopotâmia e outras civilizações antigas, que possuíam gráficos que não podiam ser explicados, o que não impediu que os estudos astrológicos fossem passados para a Grécia, que os expandiu para a forma que vemos no ocidente nos dias de hoje; fazia parte do dia a dia na Grécia e foi abraçada pelo império romano, que frequentemente nomeava planetas, constelações, o sol, etc. de acordo com nomes de deidades romanas. O conhecimento grego e romano permitiu que estudantes da astrologia tivessem influência na corte do soberano que estava no poder, com seus conhecimentos dos astros sendo papel chave na tomada de decisões da realeza, como planejamento de batalha, entre outros detalhes comuns à vida cotidiana.
Muitas foram as razões pelas quais a arte da astrologia se perdeu durante um tempo, até que voltasse a aparecer na Europa Ocidental no período da Renascença. Nessa altura, a astrologia recuperou sua influência e seus estudantes foram considerados as grandes mentes daquele período. Entretanto, com o fim do Iluminismo, a astrologia voltou a ser um tópico obscuro e pouco comentado.
Nos últimos oitocentos anos, a astrologia voltou a se difundir, com a formação de fundações para seu estudo, o que espalhou essa arte pela Europa e nas Américas no início do século 19. Na década de 1930, a arte tornou-se lugar-comum. Na metade da década, Gerald Gardner firmou a tradição religiosa conhecida como Gardnerianismo (ou Wicca Gardneriana). A Wicca, como tradições pagãs que a antecederam, focava no uso da astrologia para fazer previsões. Parte da popularidade da astrologia nas Américas se deu pela publicação da American Astrology, uma revista que fez os primeiros horóscopos.
Por fim, a astrologia tornou-se uma forma de entretenimento para muitos ao ponto que horóscopos se tornaram comuns em jornais e outras mídias impressas. A astrologia como arte mais uma vez foi perdendo força no mundo ocidental, ainda que seja um estudo popular em muitas culturas nos dias atuais. Por falar em horóscopo, você já consultou seu horóscopo de hoje? Clique aqui e veja o que os astros revelam para o seu dia!
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